
A palavra "juventude", geralmente, remete a descobertas, beleza, alegria, vivacidade, entre outros aspectos positivos. Jovens se organizam em grupos, sua linguagem é única e a busca pela novidade é constante. Se por um lado possuem tantas características boas, por outro vivem uma realidade preocupante. É nesta faixa etária – dos 15 aos 29 anos – que se encontra parte da população brasileira atingida pelos piores índices de desemprego, evasão escolar, falta de formação profissional, mortes por homicídio, envolvimento com drogas e criminalidade.
Ser "jovem" como uma construção
Encontramos uma condição de juventude que se constrói fundamentalmente na esfera do simbólico e do ideológico: uso e apropriação seja de símbolos, de significados, de ideais, de referências simbólicas.
Ser jovem está na moda. Todos querem ser jovens, algo que se definiu como um estilo de vida. Surgem os adultos de aspecto juvenil, as plásticas, a moda jovem.
Ser jovem não é o mesmo que juvenil. Juvenil é um padrão de moda e consumo. E "ser jovem" é uma construção moderna porque, antes a pessoa era criança ou adulto. Não havia essa condição que agora tira o sono, preocupa, molesta e estorva os políticos. Uma condição construída com a modernização da sociedade: maior tempo de educação e socialização, maior tempo de adequação à vida adulta.
A juventude entendida como construção histórica e cultural da modernidade é uma construção transitória. Geralmente é estabelecida a categoria "jovem" desde um critério cronológico e biológico, identificando a juventude como uma etapa da vida que vai dos 14 aos 25 anos. Entretanto cada grupo social e econômico possui sua realidade própria que geram variações nesse intervalo.